Cidades

Morte de cabo no Rio pode ter ligação com febre maculosa, diz PM

Publicada às 16h34. Atualizada às 18h09.

Solenidade de entrega de 265 viaturas para recompor a frota da Polícia Militar do Estado do Rio de Janeiro, no Monumento aos Mortos da Segunda Guerra Mundial.
Solenidade de entrega de 265 viaturas para recompor a frota da Polícia Militar do Estado do Rio de Janeiro, no Monumento aos Mortos da Segunda Guerra Mundial. |  Foto: Fernando Frazão/Agência Brasil
O sargento teria adoecido durante um curso da PM. Foto: Agência Brasil/Arquivo

A possibilidade de febre maculosa como causadora da morte do cabo Mario César Coutinho que participava de um curso de especialização da Polícia Militar do Rio de Janeiro foi confirmada pela secretaria. O Enfoco teve acesso à informação neste domingo (24).

Segundo a Secretaria de Estado de Polícia Militar, os exames complementares estão sendo realizados pelo Hospital da Fio Cruz, onde o militar estava internado quando faleceu. A Fiocruz, por sua vez, ainda não emitiu atualizações.

Outros militares que participavam do curso estão sendo acompanhados pelo Ambulatório de Febre do Instituto Oswaldo Cruz. As identidades dos militares não foram informadas.

A corporação lamentou a morte do policial, que servia à força militar há nove anos. Só no Batalhão de Polícia de Choque (BPChq) ele atuava há quatro, onde era instrutor. A causa da morte ainda está sendo apurada. Ainda não há informações sobre o sepultamento.

O que é a Febre Maculosa?

A febre maculosa é uma doença infecciosa, febril aguda e de gravidade variável. Ela pode variar desde as formas clínicas leves e atípicas até formas graves, com elevada taxa de letalidade. A febre maculosa é causada por uma bactéria do gênero Rickettsia, transmitida pela picada do carrapato. Os dados são do Ministério da Saúde.

No Brasil duas espécies de riquétsias estão associadas a quadros clínicos da Febre Maculosa:

  • Rickettsia rickettsii, que produz a doença grave registrada no norte do estado do Paraná e nos Estados da Região Sudeste.
  • Rickettsia sp. cepa Mata Atlântica, que tem sido registrada em ambientes de Mata Atlântica, produzindo quadros clínicos menos graves.

No Brasil, os principais vetores e reservatórios são os carrapatos do gênero Amblyomma, tais como A. sculptum (= A. cajennense) conhecido como carrapato estrela ,  A. aureolatum e A. ovale. Entretanto, potencialmente, qualquer espécie de carrapato pode ser reservatório da bactéria causadora da Febre Maculosa, como por exemplo, o carrapato do cachorro.

A Febre Maculosa, se não tratada adequadamente, pode evoluir para quadros graves e levar a pessoa à morte.

Sintomas

Os principais sintomas da Febre Maculosa são:

  • Febre acima de 39ºC e calafrios, de início súbito.
  • Dor de cabeça intensa.
  • Náuseas e vômitos.
  • Diarreia e dor abdominal.
  • Dor muscular constante.
  • Inchaço e vermelhidão nas palmas das mãos e sola dos pés.
  • Gangrena nos dedos e orelhas.
  • Paralisia dos membros que inicia nas pernas e vai subindo até os pulmões causando paragem respiratória.

O Ministério da Saúde disse que, além disso, com a evolução da Febre Maculosa é comum o aparecimento de manchas vermelhas nos pulsos e tornozelos, que não coçam, mas que podem aumentar em direção às palmas das mãos, braços ou solas dos pés.

A transmissão da Febre Maculosa, em seres humanos, é basicamente por meio da picada do carrapato infectado pela bactéria causadora da doença. Os carrapatos permanecem infectados durante toda a vida, em geral de 18 a 36 meses.

Ao picar e se alimentar do sangue, o carrapato transmite a bactéria por meio da saliva. Geralmente a pessoa não percebe que foi picada nem sabe aonde aconteceu, porque a picada não causa dor, apesar de ser o suficiente para abrir espaço para a bactéria entrar no organismo.

No Brasil, a maior parte dos casos de Febre Maculosa ocorre na região sudeste e os animais que geralmente são hospedeiros desse tipo de carrapato são a capivara e o cavalo. Ao atravessar a barreira da pele, a bactéria causador da Febre Maculosa chega ao cérebro, pulmões, coração, fígado, baço, pâncreas e tubo digestivo, e por isso é importante saber identificar e tratar essa doença o quanto antes para evitar maiores complicações e até mesmo a morte.

"O período de incubação da doença, ou seja, período da infecção até manifestação dos primeiros sintomas, é de 2 a 14 dias, mas varia de acordo com cada pessoa", diz a pasta.

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